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15/01/2010

# Joan Hohl # Jornalistas

Joan Hohl – Casa e carinho – Sabrina 453



Leituras de Carol nº327
Título original: Someone waiting

ROYKE A DESPREZAVA, MAS TAMBÉM A FAZIA SENTIR-SE MULHER.
''Lugar de mulher é na cozinha!'' Stacy sentiu o sangue ferver quando ouviu Royke dizer essas palavras. Para uma jornalista arrojada e liberada, isso era mais do que uma indelicadeza; era um insulto à sua sensibilidade.
Arrojada e liberada? Não era bem assim... Convivendo com uma afetuosa dona-de-casa a quem fora entrevistar, Stacy comparou seus estilos de vida e logo percebeu o quanto sentia-se insatisfeita. Mas o que levaria uma mulher tão independente a buscar sua realização nos braços de um fazendeiro arrogante como Royke Larson?

Enquanto fui lendo esse livro não pude deixar de fazer uma comparação com os colegas do Desafio Literário que estão lendo no mês de janeiro, Romances de Banca.

Stacy tinha um preconceito ENORME em relação a mulheres que deixavam suas carreiras para serem donas de casa. Para Stacy, uma mulher que se dedicava em tempo integral ao lar tinha problemas a serem superados, desconheciam seus direitos no mundo moderno ou tinha maridos super hiper dominadores, quiça a combinação das duas coisas.

Mas ao conviver com Sandi, ela descobriu que suas crenças caíam por terra. Sandi tinha muito mais liberdade do que ela, que se julgava “arrojada e liberada”.  Pois Sandi, tinha feito a escolha e tinha liberdade de voltar a trabalhar, mas ela simplesmente não queria.

No meio desse dilema existencial de Stacy, está Royke, que funciona como um meio de confirmar o então preconceito. Royke, também tem seus visões pré-concebidas, principalmente em relação as chamadas “mulheres liberadas” e não consegue compreender porque se apaixona por Stacy.

Muitas das resenhas que li do Desafio Literário começam com “tinha preconceito com romances de banca”. Gente. Leitura é leitura, diversão é diversão, não importando se é vendida em livraria ou em bancas de jornal. Em um país em que a maioria da população lê tão pouco, se alguns (ou muitos) leem somente romances de banca já é um avanço.

6 comentários:

  1. " Muitas das resenhas que li do Desafio Literário começam com “tinha preconceito com romances de banca”. Gente. Leitura é leitura, diversão é diversão, não importando se é vendida em livraria ou em bancas de jornal. Em um país em que a maioria da população lê tão pouco, se alguns (ou muitos) leem somente romances de banca já é um avanço."

    Eu gostei muito da sua última frase, eu tenho preconceito com livros de auto ajuda, tenho mesmo. Mas de vez em quando eu me pego lendo. Meu prob com eles são: eles dizem que fazem e acontece, muitos acreditam nisso, mas a verdade é que quer ler não estiver predisposto a mudar, de nada adiantará. Então, meu preconceito não é com o livro em si, e sim com a imagem que ele passa, e que os lesados acreditam.

    Ótima resenha, adoro os livros com coração e os florzinhas :)

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. Fiquei abismada também com alguns comentários do desafio literário.

    Nas postagens tem de tudo, momentos de preconceito e também demonstrações de que o sexo ainda é um tabu.

    E isso vem de encontro com uma entrevista dada pela editora da Nova Cultura, Leonice Pompônio.

    Ela comenta que tem que editar as cenas mais hots, porque as americanas gostam e as brasileiras não. Na hora fiquei passada com isso, pois eu sou uma mulher liberada e assumo minha sexualidade e pensei que era preconceito da editora, só agora entendi que não é bem assim.

    bjos

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  4. Tonks

    Realmente tive quase que "dar a cara para bater". Também pensava que era preconceito da editora.

    A mulher brasileira pelo menos boa parte que lê livros (de livraria ou banca) ainda não assumiu a sua sexualidade ou nem se deu conta que tem liberdade para isso.

    Afinal como disse em um comentário em uma das resenhas do Desafio Literário.
    Sexo é vida, e ao contrário do que a Igreja diz, não serve somente para a procriação.

    As pessoas podem até viver sem sexo ou sem assumir a sua sexualidade, mas quando vivenciam o bom do sexo a vida delas vai ser BEM melhor.

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  5. Exatamente! Concordo plenamente! Eu não leio romances de banca porque tenho tanto livro na minha estante que precuso termina-los primeiro, antes de comprar outros. Mas não é por preconceito não. Até porque, história é história, e elas podem ser boas sendo vendidas em livrarias cult ou em bancas na esquina, oras!

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