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17/01/2018

# Editora Valentina # Filha da Ilusão

Teri Brown - Filha da Ilusão - Editora Valentina



Leituras de Rebecca nº 152

Ilusionista talentosa, Anna é assistente de sua mãe, a famosa médium Marguerite Van Housen, em seus shows e sessões espíritas, transitando livremente pelo mundo clandestino dos mágicos e mentalistas da Nova York dos anos 1920. Como filha ilegítima de Harry Houdini - ou pelo menos, é o que Marguerite alega - os passes de mágica não representam um grande desafio para a garota de 16 anos: o truque mais difícil é esconder seus verdadeiros dons da mãe oportunista. Afinal, enquanto os poderes de Marguerite não passam de uma fraude, Anna consegue realmente se comunicar com os mortos, captar os sentimentos das pessoas e prever o futuro.
Porém, à medida que os poderes de Anna vão se intensificando, ela começa a experimentar visões apavorantes que a levam a explorar as habilidades por tanto tempo escondidas. E, quando um jovem enigmático chamado Cole se muda para o apartamento do andar de baixo, apresentando Anna a uma sociedade secreta que estuda pessoas com dons semelhantes aos seus, ela começa a se perguntar se há coisas mais importantes na vida do que guardar segredos. Mas em quem ela pode, de fato, confiar?
Teri Brown cria, neste fantástico romance histórico, um mundo onde pulsam a magia, a paixão e as tentações da Nova York de Era do Jazz - e as aventuras de uma jovem prestes a se tornar senhora do seu destino.



O livro conta a história do ponto de vista da protagonista Anna, que vive com sua mãe e faz shows de "mágica". Sim, "Mágica", pois nesse universo criado pela autora, as sessões espíritas são proibidas e ser pego fazendo uma pode acabar em sérios problemas.
A questão é que logo no começo o livro já entrega que a mãe de Anna, a famosa Marguerite Van Housen, finge que tem poderes e ganha muito dinheiro com isso.
Ao contrário de sua mãe, Anna tem poderes mediúnicos, tem visões do futuro e sente as emoções das pessoas. Já pensou viver tensa sem poder tocar em ninguém? Vampira feelings hahahahahahaha! Detalhe, ela não revelou seu dom pra ninguém, nem pra sua mãe e seu empresário. Ela não usa seu dom durante os shows, é uma exímia ilusionista e sempre impressiona a plateia com seus truques.
Finalmente, depois de anos de estrada fazendo shows, Anna e sua mãe vão morar numa casa de um bairro respeitável da cidade, mas precisam manter o padrão de vida, já que agora não ganham mais com as viagens da trupe. Elas agora dependem do empresário para fazer sessões particulares e ter como se sustentar.
Como se já não bastasse viver escondendo sua mediunidade, Anna ainda tem que aguentar o empresário que quer aproveitar ao máximo para ganhar dinheiro com as sessões e tem que lidar com sua mãe que vive uma relação meio passiva-agressiva com ela. A mulher parece que vive competindo com a filha e tem um ego bem além da conta. Não quer que Anna apareça muito nos shows, se incomoda com o carisma da filha e vive contando coisas que não são necessariamente verdades. Ela vive escondendo fatos sobre o pai de Anna e sobre o passado.

Senti ela muito sozinha, apesar de ter bons amigos, e é muito destemida. Isso para uma garota dos anos 1920 é essencial para conseguir descortinar todas as ilusões que sua mãe criou sobre seu passado. E ainda tem o Cole, que eu achei um fofo e de cara já cria uma ligação com a ilusionista do andar de cima. Quem não quer ter um vizinho fofo como ele?
Enfim, a história é boa, um pouquinho lenta mas vale a pena pois a autora sempre tem um novo pedaço do quebra-cabeças da trama pra mostrar.
Recomendo para quem gosta de shows de mágica e sabe que o mundo ainda tem mistérios para serem desvendados.




 

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