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07/07/2021

# Editora Arqueiro # Históricos e/ou de Época

Julia Quinn - A Soma de Todos os Beijos - Arqueiro

 


Leituras de Pérola - 04

UM BRILHANTE MATEMÁTICO PODE CONTROLAR TUDO...
A não ser que um dia exagere na bebida a ponto de desafiar o amigo para um duelo. Desde que quebrou essa regra de ouro, Hugh Prentice vive com as consequências daquela noite: uma perna aleijada e os olhares de reprovação de toda a sociedade. Não que ele se importe com o que pensam dele. Ou pelo menos com o que a maioria pensa, porque a bela Sarah Pleinsworth está começando a incomodá-lo.

LADY SARAH NUNCA FOI DESCRITA COMO UMA PESSOA CONTIDA... 
Na verdade, a palavra que mais usam em relação a ela é "dramática" – seguida de perto por "teimosa". Mas Sarah faz tudo guiada pelo bom coração. Até mesmo deixar bem claro para Hugh Prentice que ele quase destruiu sua família naquele bendito duelo e que ela jamais poderá perdoá-lo.

Mas, ao serem forçados a passar uma semana na companhia um do outro, eles percebem que nem sempre convém confiar em primeiras impressões. E, quando um beijo leva a outro, e mais outro, e ainda outro, o matemático pode perder a conta e a donzela pode, pela primeira vez, ficar sem palavras.

Estava muito ansiosa para começar a ler a história de Sarah e Hugh pois ambos são personagens enigmáticos, sempre com comentários inteligentes. Embora eu não tenha gostado do Hugh logo de primeira (assim como a mocinha também não gostava) afinal antes desse volume, só havia lido o ponto de vista da família Smythe-Smith, o que já trouxe a lição de que é necessário conhecer os dois lados da história para ter uma opinião sobre, e também que primeiras impressões não são o suficiente para conhecer alguém, 

Ainda mais personagens como Hugh Prentice e Sarah Pleinsworth, que têm personalidades cheias de camadas, extremamente fortes e (na minha opinião) o mais importante: são reais! Cometem erros, tem medos e inseguranças como todo mundo. As temáticas abordadas na narrativa como a relação de Hugh com o pai e o irmão mais velho, o preconceito e o relacionamento mais intolerante entre pais e filhos que já li. 

Me emocionei muito lendo o que Hugh pensa de si mesmo, o quanto ele se culpa desde o dia do duelo com Daniel e o quanto ele acredita firmemente que merece sua condição física, que não merece ser feliz. Não é justo que um erro que cometeu passe a defini-lo a vida inteira, especialmente quando o mesmo está se esforçando tanto para consertar as coisas. Sarah Pleinsworth deixa isso evidente sendo a heroína da narrativa e mostrando ser muito mais forte do que qualquer um imaginaria que seria. 

Foi maravilhoso rever Elizabeth, Harriet e principalmente Frances, são personagens que encantaram meu coração e as cenas em que elas estão são tão divertidas que me fizeram sentir presente nos momentos, fosse quando estavam ensaiando uma peça teatral escrita por Harriet ou em uma típica discussão das irmãs Pleinsworth tentando (e falhando todas as vezes) fazer com que Frances entendesse que unicórnios não existem. 

Uma história de amor que traz lições sobre perdão, não de outra pessoa, mas de si mesmo. Até então o casal literário que mais me emocionou e revolucionou significado de romantismo e empatia. Nunca imaginei que uma valsa apoiados em uma bengala com a música sendo cantarolada fosse ser a cena mais romântica que já li.

Série Quarteto Smythe-Smith
01 - Simplesmente o paraíso
02 - Uma noite como esta
03 -  A soma de todos os beijos
04 - Os mistérios de Sir Richard

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