Leituras de Tânia nº 02
Maggie Moran e seu marido são comuns, até um pouco tediosos. E é esse realismo que torna esta história tão eficaz e comovente... Começa em um dia de verão, quando Maggie e Ira viajam de Baltimore para a Pensilvânia para um funeral. Maggie é impetuosa, desastrada, desajeitada, propensa a acidentes e tagarela. Ira é reservado, preciso, respeitável, tem uma mania irritante de assobiar músicas que traem seus pensamentos mais profundos e acha que sua esposa transforma os fatos de maneira que se encaixem na sua opinião sobre as pessoas que ama.
Ambos sentem que seus filhos são estranhos, que a cultura das novas gerações está indo por água abaixo e que, de alguma forma, se enganaram com essa sociedade cujos valores não reconhecem mais. Mas esta viagem vai levá-los a refletir sobre estas angústias, e vai mostrá-los como é importante reavaliar seus sentimentos.
Era uma viagem para um enterro de uma grande amiga, Serena faz um retrospecto de toda sua vida e se questiona se é culpada por tudo que tem acontecido. Desde o início do seu namoro com Ira até a separação de seu filho, passando pela saída da sua filha mais nova de casa, Serena se pergunta até que ponto sua fraqueza e boa vontade contribuíram para que todos esses problemas se instalassem em sua vida. Como resolver tais questões?
O romance se baseia em uma viagem que todos devemos fazer em alguns momentos da nossa vida, para considerarmos e refazermos o que de fato pode e precisa ser mudado. Um profunda e instigante maneira de avaliarmos a nós mesmos enquanto integrantes de uma família. Recomendo.
Tânia
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